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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

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Domingos Oliveira morre no Rio

Autor, diretor e ator tinha 82 anos se sentiu mal em casa. Artista se consagrou com filmes como 'Todas as mulheres do mundo' e 'Barata Ribeiro, 716'. Corpo é velado em teatro na Gávea.


Por G1 Rio

O ator, autor e diretor Domingos Oliveira morreu por volta das 14h deste sábado (23) no Rio de Janeiro, aos 82 anos. Segundo informações da família, o artista estava em sua casa, no Leblon, quando se sentiu mal e não resistiu.

O ator, dramaturgo e cineasta brasileiro Domingos Oliveira posa para foto em seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em julho de 2013 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo
O ator, dramaturgo e cineasta brasileiro Domingos Oliveira posa para foto em seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em julho de 2013 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo

Domingos se consagrou com filmes como "Todas as mulheres do mundo" e "Barata Ribeiro, 716", em quase 60 anos de carreira no teatro, na televisão e no cinema. Apesar de doente na última década – sofria de Mal de Parkinson – e com dificuldades para andar, o artista nunca parou de produzir.

O velório de Domingos Oliveira começou por volta das 22h deste sábado no Teatro Maria Clara Machado, na Gávea, na Zona Sul do Rio. Ele foi diretor do teatro por oito anos na década de 90.

Diversos amigos, familiares e artistas, como Maitê Proença e Caio Blat, participam da cerimônia (veja imagens no vídeo acima). A artiz Fernanda Montenegro fez um discurso emocionante sobre a vida de Domingos Oliveira, segundo a GloboNews.

O enterro do ator, autor e diretor ocorre na manhã deste domingo (24) no cemitério São João Batista, em Botafogo.

“A vida para ele sempre foi uma festa e que ele queria morrer em casa, ele já estava mais fraquinho, e ele morreu como queria. Estávamos eu, a neta dele e ele. Nós jogamos um pôquer de dados, e depois ele falou: ‘Estou com sono’, e aí ele foi indo, sem nenhum medo, sem nenhuma angústia", contou a viúva, Priscilla Rozembaum, com quem era casado há 38 anos.

Trajetória

Domingos nasceu no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 1936. Entrou para a Globo em 1963, para fazer a programação da emissora que estrearia dois anos depois. Integrou a equipe de autores de séries de sucesso nos anos 1970.

Nome seminal da história do cinema, teatro e televisão brasileira, Domingos Oliveira até pensou em enveredar pela Engenharia Elétrica, na qual se formou. No entanto, logo após fazer um curso com um diretor da escola americana de teatro Actor's Studio, sua vida seguiu o caminho da arte – caminho que já havia começado a ser trilhado na escola quando, aos 12 anos, interpretou um cardeal português na peça "A ceia dos cardeais", de Júlio Dantas.

No início dos anos 1960, ele escreveu e montou, na varanda de seu apartamento, sua primeira peça: "Somos todos do jardim de infância". A produção se transformou em sucesso de crítica e lançou a carreira de Domingos e sua então mulher, a atriz Leila Diniz.

Ainda na década de 1960, Domingos trabalhou como redator na revista Manchete. Em 1963, acabou convidado por Abdon Torres para fazer a programação da Globo, que estrearia dois anos depois. Ele foi o segundo produtor contratado pela emissora; o primeiro foi Haroldo Costa. Quinze dias antes da inauguração, Abdon Torres foi substituído por Mauro Salles na direção da emissora, e grande parte da programação até então desenvolvida não entrou no ar.

Apesar da saída de Abdon, Domingos Oliveira continuou na Globo, trabalhando no Show da Noite, apresentado por Gláucio Gil. Ele produzia e dirigia o programa, transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, ao lado de Renato Consorte, Haroldo Costa, Oswaldo Waddington e Wilson Rocha. Show da Noite saiu do ar em dezembro de 1965, quatro meses depois da morte do apresentador.

Depois de 1966, Domingos Oliveira sai da Globo para se dedicar ao cinema. Na época, dirigiu aquele que, para muitos, é o grande filme de sua carreira: "Todas as mulheres do mundo" (1967), produção que recebeu 12 prêmios no Festival de Brasília e estrelada por Leila Diniz e Paulo José.

Em seguida, dirigiu os filmes "Edu, coração de ouro" (1968), "As duas faces da moeda" (1969), "É Simonal" (1970) e "A culpa" (1971). Este último recebeu a Estatueta Dama del Paraguas por sua fotografia, no Festival de Barcelona, em 1972.

Em 1990, fez um remake para a televisão de seu filme "Todas as mulheres do mundo". A princípio, a produção seria uma minissérie. Porém, acabou sendo transmitida como um especial. No elenco estavam Pedro Cardoso e Fernanda Torres, nos papéis que haviam sido vividos no cinema por Leila Diniz e Paulo José, em 1967.

Domingos chegou a fazer um outro remake de filme, "As duas faces da moeda", que seria exibido no Teletema. O programa, porém, não chegou a a ser transmitido.

Em 1992, Domingos de Oliveira atuou na minissérie "As noivas de Copacabana", escrita por Dias Gomes. No ano seguinte, escreveu a minissérie "Contos de verão", da qual também participou como ator, interpretando o personagem Jonas. Em 1994, foi o responsável pelo argumento da novela "74.5 - Uma onda no ar", uma produção independente da TV Plus, exibida pela TV Manchete.

Dois anos depois, Domingos assumiu a direção do Teatro do Planetário, onde colocou em cartaz diversas peças escritas ou dirigidas por ele. "Amores", espetáculo que marcou o início dessa fase, recebeu o Prêmio Shell de melhor texto de 1996.

"Todo mundo tem problemas (sexuais)", peça escrita com o psicanalista Alberto Goldin que estreou no final de 2000, foi sua 14ª montagem na direção do Teatro do Planetário e a 44ª peça de sua carreira.

Em 1998, após 20 anos sem produções no cinema, Domingos Oliveira dirigiu o filme "Amores", baseado em sua peça homônima.

O filme – que contou com a colaboração de Maria Mariana, Priscilla Rozenbaum, Clarice Niskier, Angèle Fróes, Márcia Derraik e Eva Mariani – recebeu os prêmios da crítica, do público e especial do júri no Festival de Gramado daquele ano.

Pela peça "Separações", Domingos Oliveira foi indicado, em 2000, ao Prêmio Shell nas categorias autor, diretor e ator. O texto seria adaptado para o cinema em 2003. Em 2008, entrou em cartaz sua peça "Confissões das mulheres de 30".

A montagem foi inspirada no grande sucesso "Confissões de Adolescente", peça de 1992 dirigida por Domingos Oliveira e escrita por sua filha, Maria Mariana. Em 2010, o dramaturgo reestreou sua peça autobiográfica "Do fundo do lago escuro", desta vez participando como ator em um papel feminino, o de sua própria avó.

Em junho de 2001, depois de sete anos afastado dos trabalhos em televisão, participou do programa Brava Gente, transmitido pela Globo. Ao lado de Camila Amado, atuou no episódio "Boca de lixo", escrito por Jackie Vellego e dirigido por Teresa Lampreia.

Em 2005, lançou mais dois filmes: "Carreiras", com Priscila Rozenbaum, e "Feminices", com Priscilla Rozenbaum, Dedina Bernadelli, Clarice Niskier e Cacá Mourthé.

Em 2008, assinou o roteiro e a direção da versão para o cinema de sua peça "Todo mundo tem problemas (sexuais)". Dois anos depois, Domingos lançou o livro "Minha vida no teatro".

Em entrevista à GloboNews, o jornalista e crítico de cinema e televisão Artur Xexéo o descreveu como um "apaixonado" por teatro e televisão. "Uma pessoa muita querida", disse.

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