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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos

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Último cinema pornô de Paris fecha as portas

Depois de quase 50 anos de atividades, o último cinema pornô de Paris, o Beverley, exibiu sua última sessão no sábado (23). O local, um templo dos apreciadores do gênero, ficava em uma região boêmia da capital francesa, no 2º distrito.


RFI

Depois de quase 50 anos de atividades, o último cinema pornô de Paris, o Beverley, exibiu sua última sessão no sábado (23). O local, um templo dos apreciadores do gênero, ficava em uma região boêmia da capital francesa, no 2º distrito.

Maurice Laroche, dono no Beverley, da entrada do cinema: "vou lamentar não rever mais meus clientes" — Foto: RFI/Philippe Daguerre
Maurice Laroche, dono no Beverley, da entrada do cinema: "vou lamentar não rever mais meus clientes" — Foto: RFI/Philippe Daguerre

O fechamento simboliza as mudanças no consumo de vídeos pornôs nas últimas décadas – dos cinemas, os espectadores passaram para os sites na internet, acessados a qualquer momento e gratuitamente.

O Beverley era o contrário disso: se mantinha fiel ao estilo dos anos 1970, com uma entrada discreta coberta de pôsteres vintage pelas paredes.

O último proprietário do estabelecimento, Maurice Laroche, 75 anos, manteve por quase três décadas o funcionamento original do cinema. Em troca de uma tarifa única de € 12, o cliente podia ficar o tempo que quisesse dentro da sala, na qual eram projetados dois filmes continuamente. Do meio-dia à meia-noite. Todos os dias da semana. A entrada de menores de idade era proibida.

Vintage eram também os filmes exibidos, preciosidades dos anos 1970 e 1980, quando a sexualidade era apresentada de uma maneira mais “real” na telona – mulheres sem silicone, homens com pênis de tamanho natural. Era por isso que, até o fim, a sala ainda registrava uma frequência regular, em especial por habitués desse estilo que, agora, ficou no passado.

“O Beverley recebia 7 mil clientes por semana na década de 1970. Desde o início dos anos 2010, o número passou para 1.500 e, hoje, terminamos com menos de 500”, contou Laroche ao jornal "Le Parisien".

Clientes compartilhavam paixão pelo gênero

Os números refletem a mudança da maneira de consumir pornô – de uma prática coletiva para outra bem mais individual, observa a revista Les Inrocks. Na época de ouro do gênero, Paris possuía mais de 900 cinemas especializados.

Os clientes do Beverley ainda podem levar para casa recordações desse ciclo que se encerrou, completa o Parisien. As 90 poltronas foram colocadas à venda por € 30 cada e os pôsteres, a partir de € 10.Cerca de 200 filmes em película 35mm também estão à venda, por € 50 a unidade. Por € 60, os fãs mais fiéis podem comprar uma caixa especial que contém um DVD com a história do cinema, fotos e um CD com as músicas tocadas no local.

“Vou lamentar não rever mais os meus clientes e o clima caloroso que reinava no Beverley, como quando um espectador trazia um queijo de Auvergne e outro levava um vinho, para compartilhar com todos que estavam na sala. Nós conversávamos sobre tudo, menos política”, contou Laroche ao jornal francês.

O cinema foi comprado por uma incorporadora imobiliária, por um valor mantido em sigilo. Agora, a França só tem mais um estabelecimento deste tipo, que fica em Grenoble, no sudeste do país.

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