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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos
Este livro encantador combina obras de arte deslumbrantes de várias partes do mundo com fantásticos projetos, que trarão muita inspiração a você! Inclui pinturas europeias famosas, delicadas impressões japonesas e máscaras africanas tradicionais. Cada obra é acompanhada por um projeto baseado nas ideias ou métodos utilizados pelos artistas.

O cinema imita a pintura: Dalí em ‘Mad Max’ e Hopper em ‘Psicose’

O cineasta Vugar Efendi cria vídeos nos quais compara quadros com filmes


Héctor Llanos Martínez | El País

Para Vugar Efendi, cineasta de 25 anos nascido no Azerbaijão, é difícil ficar quieto. Já viveu em países como Ucrânia, Turquia, Reino Unido e Espanha. Também é difícil se concentrar em um só campo criativo. Faz fotografias, roda curtas-metragens e documentários. E cria ensaios sobre cinema, mas, em vez de fazer isso no formato de texto, edita vídeos mostrando suas ideias.

O cinema imita a pintura: Dalí em ‘Mad Max’ e Hopper em ‘Psicose’

Nesses vídeos, compartilhados em suas redes sociais, compara a influência da pintura no cinema. Por exemplo, ele lembra que um quadro de Edward Hopper inspirou Hitchcock na criação da casa de Psicose (1960), e mostra como Dalí está presente em Mad Max: Estrada da Fúria (2015). Uma recompilação de seus trabalhos viralizou no Facebook em dezembro, ultrapassando 2,8 milhões de reproduções.

“Vivemos cercados de arte, mas muitas vezes não percebemos isso”, diz ao EL PAÍS por telefone. Efendi passou vários anos estudando na Espanha durante sua adolescência. Foi sua relação com o país que o ajudou a perceber que a pintura e o cinema estão ainda mais próximos do que acreditamos.

Visitar a casa-museu de Dalí em Cadaqués lhe deu a ideia de criar o primeiro de uma série de vídeos intitulada Film Meets Art (“o filme se encontra com a arte”).

Especificamente, foi a união do artista catalão e de Luis Buñuel no curta-metragem Um Cão Andaluz que lhe deu uma primeira ideia do que queria fazer. O diretor rodou o filme, mas foi o pintor que escreveu o roteiro, dando-lhe o tom surrealista e onírico que aparece em seus quadros.

“Diferentemente de outras áreas da cultura, como a música, a fotografia e o teatro, o cinema consegue ser uma combinação de todas elas", explica Efendi. Um de seus vídeos conta como a história em quadrinhos se transforma em cinema no filme Watchmen (2009).

Embora algumas das referências que ele inclui em seus vídeos sejam evidentes para o espectador médio, Efendi pesquisa durante semanas para rastrear casos menos conhecidos e criar novas obras para compor seu portfólio profissional.

“Recebo muitas reações cada vez que publico um vídeo, mas prefiro não forçar o conteúdo, por isso só faço outro se aparece um tema interessante que eu possa abordar. Além disso, quantos mais vídeos faço, mais ambicioso e perfeccionista sou com os seguintes”, comenta.

Uma dessas associações inclui O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, que Terry Gilliam reproduziu no filme As Aventuras do Barão Munchausen. “Antes, o Renascimento era a corrente pictórica favorita dos diretores. A partir dos anos 90, os filmes deixaram de fazer referência à arte clássica”, diz o autor destes ensaios em vídeo. Agora ele trabalha como cineasta independente e colabora com museus criando conteúdos audiovisuais, assinala.

Efendi também dedicou um vídeo ao filme O Regresso, de Alejandro González Iñárritu, e não se importaria em fazer o mesmo com Roma, de Alfonso Cuarón, “um filme que não imita um quadro em particular, mas está cheio de beleza pictórica”, diz.

Atualmente, trocou os quadros pela história e cria vídeos com filmes que reproduzem grandes momentos do passado. 

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