Operação do Ibama foi realizada nesta quinta-feira (1). Nove empresas e uma serralheria irregular foram autuadas e as multas totalizam R$ 9,7 milhões.
Por G1 ES
Mais de 20 mil arcos de violino fabricados com madeiras de espécies ameaçadas de extinção foram apreendidos por agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta quinta-feira (1).
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Operação do Ibama apreende arcos de violino no ES, MG e SP — Foto: Divulgação/ Ibama |
A operação “Dó, Ré, Mi” foi realizada no Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Doze autos de infração foram aplicados e as multas totalizam R$ 9,7 milhões.
As 12 multas foram aplicadas em nove empresas que comercializam e exportam o material e em uma serralheria irregular.
Elas não apresentaram licenças ambientais, descumpriram embargos do Ibama e mantinham depósito de madeira sem origem legal. Duas delas foram embargadas. A serralheria foi desmontada e 19 máquinas foram apreendidas.
Apreensão
Os agentes verificaram na operação que partes dos instrumentos musicais eram fabricados com Jacarandá da Bahia e Pau Brasil, duas espécies que estão protegidas pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).
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Além dos arcos, madeira de espécies ameaçadas de extinção também foram apreendidas — Foto: Divulgação/ Ibama |
O Jacarandá da Bahia tem a extração proibida e o Pau Brasil só pode ser extraído em planos de manejo.
Na operação, também foram apreendidos 83m³ de Jacarandá da Bahia, 18m³ de Ipê e 9m³ de Pau Brasil.
A analista ambiental Lidiane Ribeiro, que coordenou a operação ‘Dó, Ré, Mi’, explica que as madeiras são valorizadas na produção de instrumento.
“O Jacarandá da Bahia é usado na fabricação de instrumentos como violão e guitarra. Já o Pau Brasil, na fabricação de arcos de violino”.
De acordo com a coordenadora, os países que importam o Pau Brasil são a Alemanha, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França e Japão.
O coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral Borges alertou ainda para que músicos se informem sobre a origem da madeira do instrumento antes da compra.
“É fundamental que os artistas sempre se informem sobre a origem da madeira de seus instrumentos", diz.
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