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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos

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Este livro encantador combina obras de arte deslumbrantes de várias partes do mundo com fantásticos projetos, que trarão muita inspiração a você! Inclui pinturas europeias famosas, delicadas impressões japonesas e máscaras africanas tradicionais. Cada obra é acompanhada por um projeto baseado nas ideias ou métodos utilizados pelos artistas.

Festival Open Air apresenta 22 filmes entre sucessos recentes e clássicos do cinema

Nona edição carioca do evento exibe em tela de 325 m² na Marina da Glória produções como 'Pantera Negra', 'Dunkirk', 'A forma da água', 'Pulp fiction' e 'Cinema Paradiso. 'Titanic' está na estreia, nesta quinta.


Por Carlos Brito | G1 Rio

O técnico de projeção cinematográfica Manoel Toste tem 55 anos. No ofício desde 1980, já perdeu a conta de quantos filmes exibiu para plateias do Rio e de outros países. Portanto, está bem acostumado ao papel de testemunha discreta da emoção do público na sala escura. A experiência lhe ensinou a controlar as reações provocadas pelos filmes.

A tela do Open Air durante teste de imagem feito à noite, na Marina da Glória. (Foto: Carlos Brito)
A tela do Open Air durante teste de imagem feito à noite, na Marina da Glória. (Foto: Carlos Brito)

No entanto, nesta edição do Shell Open Air, que abre ao público nesta quinta-feira (17), Toste já antecipa que será difícil evitar as lágrimas logo nos primeiros minutos da exibição de "Cinema Paradiso", no dia 26 – um dos principais títulos a serem exibidos pelo evento na Marina da Glória.

Obra-prima do cineasta italiano Giuseppe Tornatore – vencedor do Oscar na categoria filme estrangeiro em 1990 –, a produção, que conta a história de um menino que se apaixona por cinema a partir da amizade desenvolvida com um projecionista, é quase uma biografia para Toste.

"Aos 11 anos, comecei a acompanhar o trabalho do Gigio, um projecionista italiano que cuidava do antigo cinema Imperator, no Méier. Foi ali, com ele, onde aprendi o meu ofício. Um dia, o dono do lugar me ligou dizendo que o Gigio havia morrido entre os projetores, durante uma sessão, e me perguntou se eu não gostaria de substituí-lo. Minha vida mudou naquele instante. Nunca mais abandonei a cabine de projecionista. Quando vejo 'Cinema Paradiso', vejo também a parte mais importante da minha história", relembra.

Experiências similares serão experimentadas pelo público a partir desta quinta-feira (17) e até o próximo dia 3. Ao longo do período, sempre de quarta a domingo, a nona edição do Open Air em território carioca exibirá 22 filmes para uma plateia de quase 30 mil pessoas – 1,3 mil espectadores a cada sessão.

Tela do tamanho de quadra de tênis

Para um espaço tão amplo quanto a Marina da Glória, o equipamento de exibição deve ser proporcional – por isso, os filmes serão exibidos em uma tela de 325 metros quadrados, espaço equivalente a uma quadra de tênis. Para se ter uma ideia, as letras das legendas terão cerca de 1,5 metro. O equipamento utilizado no festival veio da Suíça em um navio.

Já o áudio chegará para o público por 28 caixas de som surround estéreo, o que garantirá a imersão da plateia. Plateia que, diz a organização, é bastante variada.

"Há desde cinéfilos, pessoas que já acompanham cinema de forma obsessiva e querem ter a experiência de assistir essas produções em uma tela gigante, até gente que começa a se interessar pela sétima arte depois que vê um filme aqui. Conheço pessoas que vieram assistir um longa do Quentin Tarantino no Open Air e depois correram atrás para conhecer toda a cinematografia dele", explica Renato Byington, diretor do evento.

Assim como ocorreu nas edições anteriores, a programação de 2018 é formada por uma mistura de sucessos recentes e títulos já clássicos.

Há desde "Pantera negra" – blockbuster de Ryan Coogler recém-lançado pelo Marvel Studios e sucesso mundial de bilheteria –, "Dunkirk" – épico sobre a Segunda Guerra Mundial de Christopher Nolan – e "A forma da água" - o grande vencedor do Oscar deste ano, de Guillermo del Toro -, até "Pulp fiction", do já citado Tarantino, "Titanic", de James Cameron, e "Os embalos de sábado à noite", de John Badham.

"Já fui a cinemas em várias partes do mundo. Posso garantir que poucas experiências nessa área se comparam a assistir um filme neste tipo de tela, com esse som e nesta paisagem da Marina da Glória. É sempre diferente e especial projetar um filme aqui. E o público também tem essa sensação. São em momentos como este que podemos dizer que o cinema é mesmo mágico", finaliza Toste.

Serviço:

Toda a programação do evento – sessões, horários, preços e locais de compra de ingressos – pode ser vista no site do evento.

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