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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos

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Este livro encantador combina obras de arte deslumbrantes de várias partes do mundo com fantásticos projetos, que trarão muita inspiração a você! Inclui pinturas europeias famosas, delicadas impressões japonesas e máscaras africanas tradicionais. Cada obra é acompanhada por um projeto baseado nas ideias ou métodos utilizados pelos artistas.

Cacá Diegues afirma que cinema brasileiro vive seu melhor momento

Ator falou sobre o tema durante a exibição de seu novo filme, 'O Grande Circo Místico', durante 71º Festival de Cannes.


France Presse

O cineasta Cacá Diegues, um dos fundadores do Cinema Novo nos anos 1960, elogiou os novos talentos do cinema brasileiro, durante a exibição em Cannes de seu novo filme, "O Grande Circo Místico".

Cacá Diegues durante apresentação do filme "O grande circo místico" no 71º Festival de Cannes (Foto: Alberto PIZZOLI / AFP)
Cacá Diegues durante apresentação do filme "O grande circo místico" no 71º Festival de Cannes (Foto: Alberto PIZZOLI / AFP)

Exibido na mostra oficial, fora de competição, o longa conta a história de cinco gerações de uma família circense. Através da saga, o cineasta, de 77 anos, descreve como a sociedade vai mudando e os novos problemas que ela tem que enfrentar, como as drogas e a pobreza.

O elenco do filme, rodado em Portugal, conta com o brasileiro Jesuíta Barbosa e o francês Vincent Cassel.

Como surgiu a ideia de contar a história de um circo?

Fui espectador de circo durante muito tempo. Nasci no Nordeste do Brasil, uma região muito pobre, e a nossa diversão era o circo. E acredito que o cinema é o herdeiro do circo.

E principalmente está o poema "O Grande Circo Místico". Sou um leitor de Jorge de Lima, mas nunca pensei em fazer um filme sobre seus poemas, porque são muito literários e muito difíceis de adaptar. Mas deste poema fizeram um balé, e os personagens me encantaram. E pensei que era uma maneira de fazer alguma coisa de Jorge de Lima no cinema.

No filme, observa-se um declínio da sociedade atual, para as drogas, a violência, a pobreza. Por que escolher o mundo do circo para retratá-lo?

Para mim, o circo é a coisa mais próxima do temperamento humano, da forma como as pessoas atuam.

O que representa o personagem "Celavi", que sobrevive a todas as gerações?

Esse personagem não existe no poema, eu o inventei porque precisava para unir as gerações. Celavi é o único que conhece as coisas, que vê as coisas. Explica a história que se passa na tela. É a voz, o contador.

No meio desse circo decadente há um pouco de otimismo?

É um filme para a vida, não contra a vida. Não é um filme pessimista, é otimista, principalmente no fim da história.

Este ano, o cinema latino está pouco presente na mostra oficial. A que você atribui isso?

Não se pode fazer dos festivais os juízes do cinema. Não são os festivais que decidem o que vale a pena ver, mas foram criados para mostrar o que foi realizado. É difícil para eles descobrir o cinema que não passa nos festivais, como o cinema latino. Para mim, estão equivocados, mas devem ter alguma razão. Não é sua culpa, é o que acontece hoje em dia no mundo: houve um momento em que a América Latina era muito interessante, mas, hoje, o mundo já não se interessa pela América Latina. E no cinema acontece o mesmo.

Como você vê a nova geração de cineastas brasileiros, como Walter Salles e Fernando Meirelles?

É formidável. Acho que o Brasil vive hoje o melhor período da história do cinema.

Os jovens cineastas brasileiros têm muito estilo, personalidade, com uma diversidade que é muito importante. Porque o cinema brasileiro não pode ser uma única coisa, já que o Brasil é um país diverso.

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