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Destaques

Atriz protesta nua no 'Oscar da França' contra falta de apoio para cultura na pandemia

Uma atriz francesa protestou nua nesta sexta-feira (12/03) no Prêmio César — o mais importante do cinema francês — dominado por reivindicações para que o governo faça mais para apoiar a cultura durante a pandemia do coronavírus. Os cinemas estão fechados na França há mais de três meses. BBC News  Corinne Masiero foi convidada para apresentar o prêmio de melhor figurino na cerimônia, que foi realizada com distanciamento social dos convidados. Ela vestiu uma fantasia de pele de burro. No palco, ela tirou a pele, revelando um vestido manchado de sangue, antes de se despir. Corinne Masiero (à esquerda) foi convidada para a cerimônia para apresentar um prêmio... e assim foi como ela terminou | EPA No seu corpo, estava escrita a mensagem "Sem cultura, sem futuro". E apelando diretamente ao primeiro-ministro francês Jean Castex, Masiero tinha outro slogan escrito nas suas costas que dizia: "Devolva a arte, Jean". Outros atores e diretores fizeram exigências semelhantes dur

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos

Tesouros da arte: Fotografias, pinturas e projetos
Este livro encantador combina obras de arte deslumbrantes de várias partes do mundo com fantásticos projetos, que trarão muita inspiração a você! Inclui pinturas europeias famosas, delicadas impressões japonesas e máscaras africanas tradicionais. Cada obra é acompanhada por um projeto baseado nas ideias ou métodos utilizados pelos artistas.

Berlim recebe acervo da cineasta de Hitler

Fundação cultural herda coleção pessoal com filmes, fotos, cartas e documentos da controversa diretora Leni Riefenstahl, responsável por realizar vários projetos para a máquina de propaganda.


Deutsch Welle

Uma fundação cultural berlinense herdou o acervo pessoal completo de Leni Riefenstahl, conhecida como a cineasta predileta de Adolf Hitler. A coleção inclui fotos, filmes, manuscritos, cartas e arquivos da propriedade da diretora, conhecida por ter realizado filmes de propaganda para o regime nazista e que morreu em 2003, aos 101 anos.


Riefenstahl durante as filmagens de Olympia
Riefenstahl durante as filmagens de "Olympia"

A Fundação Prussiana do Patrimônio Cultural afirmou na segunda-feira (12/02) que a ex-secretária de Riefenstahl, Gisela Jahn, doou à instituição sediada em Berlim – cidade natal da cineasta – o completo acervo acumulado pela diretora, após ter herdado a coleção do viúvo da cineasta, o cinegrafista Horst Kettner, morto em 2016. Ele mantinha o material guardado na residência do casal, em Pöcking, no sul da Alemanha.

Os filmes de Leni Riefenstahl eram considerados um poderoso instrumento de propaganda dos nazistas e até hoje são tidos como obras de arte cinematográficas esteticamente sofisticadas.

Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão Triunfo da Vontade, um registro do congresso do Partido Nazista de 1934, em Nurembergue, e Olympia, um ensaio cinematográfico em duas partes, abordando os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.

O presidente da Fundação Prussiana do Patrimônio Cultural, Hermann Parzinger, assegurou que sua entidade tratará o material com "uma responsabilidade especial", com um "exame crítico" da cineasta.

O acervo será avaliado e catalogado por uma equipe interdisciplinar supervisionada pelo órgão, em cooperação com a Deutsche Kinemathek. Ele está abrigado em cerca de 700 caixas.

O diretor artístico da Deutsche Kinemathek, Rainer Rother, espera que o acervo adquirido possa revelar novas facetas da obra da diretora.

"Nossa perspectiva sobre Leni Riefenstahl se enriquecerá – não necessariamente se modificará.” Para além das questões morais, políticas e históricas, Riefenstahl é considerada uma dos diretoras mais importantes da história do cinema. "Sua contribuição estética é incontestável", destaca Rother.

O inventário fotográfico será abrigado no Museu da Fotografia, situado em Berlim, que desde 2004 exibe o trabalho do fotógrafo Helmut Newton, amigo de Riefenstahl nos últimos anos de vida da cineasta. As correspondências, diários e os manuscritos devem ficar sob os cuidados da Staatsbibliothek de Berlim.

Riefenstahl sempre defendeu das acusações relacionadas a seus serviços ao Terceiro Reich, dizendo que não sabia nada das atrocidades nazistas.

Após a Segunda Guerra Mundial, ela praticamente não conseguiu mais financiamento para novos projetos. Seu filme Terra Baixa, filmado entre 1940 e 1942, só estreou em 1954. Para as filmagens, ela recrutou 60 ciganos que eram prisioneiros de campos de concentração, o que mais tarde causou controvérsia.

Depois, Riefenstahl estabeleceu carreira como fotógrafa, publicando livros de fotos, como o dedicado à tribo africana dos nubas. Nos últimos anos de vida, ela se dedicou a filmagens submarinas. Em seu aniversário de 100 anos, em agosto de 2002, Riefenstahl lançou um novo filme, sobre a beleza dos atóis no Oceano Índico.


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